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- O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM ESTADO NACIONAL NOS TRÓPICOS

Muita gente critica o famoso quadro de Pedro Américo que mostra D. Pedro no momento do grito de "independência ou morte" à margem do riacho Ipiranga, em São Paulo: o prín-cipe monta vistoso cavalo em vez de uma mula, e os homens da comitiva, provavelmente trajados com roupas simples, ganharam fardas rebuscadas. Mas os mesmos críticos não se preocuparam em identificar os personagens da pintura, retratados a partir de moldes reais. Eram milicianos. O termo "milícia" varia no tempo, mas a origem dessas figuras que apa-recem na cena histórica soa familiar à realidade atual do Brasil. No período colonial, ti-nham tradição em disputas sangrentas por terra, no interior paulista, compondo uma força paralela. Ainda não formavam a nobreza que pouco depois lucraria com o café e a escra-vidão no Vale do Paraíba. A terra foi, muitas vezes, o estopim das guerras no processo de autonomia política e econômica que durou pelo menos três décadas no Sudeste, nas mar-gens dos rios Amazonas e Tocantins, nasmatas de cocais do Maranhão, no sertão do Pi-auí, no Cerrado, no Pampa, nos canaviais do Norte, no mar da Bahia. E tais batalhas en-volveram indígenas, negros, europeus, ciganos, árabes, judeus e mestiços, como explica este brilhante ensaio. Com vários livros publicados, Leonencio Nossa ganhou os Prêmios Esso de Jornalismo; Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos; Sociedade Interame-ricana de Imprensa e Latino-Americano de Investigação Jornalística por suas reportagens sobre política e Amazônia.