Parcelas | Total | |
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1 x | de R$120,00 sem juros | R$120,00 |
2 x | de R$60,00 sem juros | R$120,00 |
3 x | de R$40,00 sem juros | R$120,00 |
4 x | de R$33,26 | R$133,03 |
5 x | de R$26,95 | R$134,77 |
6 x | de R$22,73 | R$136,38 |
7 x | de R$19,67 | R$137,66 |
8 x | de R$17,43 | R$139,48 |
9 x | de R$15,69 | R$141,23 |
10 x | de R$14,24 | R$142,38 |
11 x | de R$13,10 | R$144,14 |
12 x | de R$12,16 | R$145,93 |
1 x de R$120,00 sem juros | Total R$120,00 | |
2 x de R$60,00 sem juros | Total R$120,00 | |
3 x de R$40,00 sem juros | Total R$120,00 | |
4 x de R$33,60 | Total R$134,39 | |
5 x de R$27,02 | Total R$135,10 | |
6 x de R$22,63 | Total R$135,80 | |
7 x de R$19,44 | Total R$136,07 | |
8 x de R$17,10 | Total R$136,76 | |
9 x de R$15,29 | Total R$137,63 | |
10 x de R$13,81 | Total R$138,13 | |
11 x de R$12,62 | Total R$138,79 | |
12 x de R$11,60 | Total R$139,25 |
Vivemos em meio a uma escalada mundial de destruição e guerras. Como compreender esse momento?
Sobre a violência é um dos títulos mais importantes da vasta obra da pensadora alemã de origem judaica Hannah Arendt. Escrito entre 1968 e 1969, quando autora já estava exilada nos Estados Unidos, este ensaio é reflexo do desejo de compreender um momento político extremado. O Ocidente, especialmente a Europa, procurava reerguer-se da recém-finda Segunda Guerra, mas, a tônica mundial ainda era de conflito com as guerras pela independência nos países africanos, a emergência de ditaduras na América do Sul, a guerra do Vietnã e a ameaça atômica. O movimento estudantil havia apresentado, em maio de 1968, em Paris, protestos que marcaram o sentimento de uma geração. O grito de “não violência” perdia espaço diante do debate sobre o papel dos meios violentos de resistência às opressões.
O caldo político e filosófico era complexo, repleto de personagens, desejos e propostas de ação. Já não bastavam análises maniqueístas e, justamente, a partir dos problemas concretos é que Arendt se propôs a avaliar a questão da violência. Se a tradição não conseguia mais explicar os fatos, esses acontecimentos passaram a ser abordados a partir do seu imediatismo perante a história da humanidade. As rupturas do século XX são, portanto, temas recorrentes para a pensadora. Ali, o futuro reflete um passado violento que encontrou na revolução tecnológica (lembremos da bomba atômica) um modo de realizar-se politicamente.
Conhecimento e saber podem ser caminhos para uma não glorificação da violência. Para compreender esse fenômeno é preciso tratar da criação e da manutenção da violência – e aí está a originalidade de sua abordagem. Na contramão da tradição do pensamento, Arendt diferencia poder e violência, argumentando que o primeiro – sendo inerente a qualquer grupo político – é uma faculdade comunitária, exercida no conjunto. Assim, a segunda só pode se mostrar como uma força oposta e contrária a esse vigor – a violência destrói o poder, não o cria.
A escalada de formas de agir brutais e destrutivas no século XX é comentada de modo preciso. A partir da modernização da indústria, da massificação dos desejos, da burocratização da vida e do esfacelamento do senso comunitário, Arendt monta um complexo quebra-cabeça político e social – uma análise ainda relevante para compreender os fenômenos políticos e sociais atuais.
Sobre a violência é um livro primoroso de Hannah Arendt, que aborda grandes questões da existência humana: a convivência, o poder, a brutalidade, o medo e a vitalidade.
“Incisivo, escrito com clareza e elegância, este livro fornece a estrutura ideal para compreender a turbulência do nosso tempo.” - The Nation
Hannah Arendt (1906 - 1975) foi uma das mais brilhantes e originais pensadoras políticas do século XX. Ensaísta e filósofa prolífica durante toda a vida, foi aluna de filosofia de Karl Jaspers na Universidade de Heidelberg. Foi professora de filosofia política na New School for Social Research por muitos anos e professora-visitante no Committee on Social Thought na Universidade de Chicago. Pela Civilização Brasileira, publicou A vida do espírito.